quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Borbolete-se


Rudolf Steiner, pai da Antroposofia, disse que:
As borboletas são flores que se desprenderam da terra...
E que as flores são borboletas que a terra apreendeu...

Seja como for, se as flores marcam a primavera, as borboletas são seu símbolo maior.
São quadro fases da mesma vida: ovo, lagarta, crisálida, borboleta.

Enquanto ovo é princípio vivo, puro...
Representa a potencialidade do ser, guardada dentro de um invólucro de heranças parentais.
É fundamental para desenvolver a solidez das bases estruturais do indivíduo...
Mas, num determinado momento, torna-se necessário romper com essa capa de proteção, para caminhar sobre as próprias pernas...

A lagarta tem o aprendizado da terra, do rastejar, das coisas que se processam lentamente.
Simboliza os cuidados com o mundo físico, com os aspectos materiais que compõe a existência cotidiana. Pode ser o lado pesado da vida.



A crisálida é o encapsular para gestar. É como se retornasse ao estágio do ovo, mas só que por escolha pessoal. É criar um casulo para si mesmo, como forma de conectar-se com seus sentimentos, sua interioridade e seus próprios desejos...

E, finalmente, as asas libertam a borboleta!
Mas, para se chegar à borboleta, é preciso superar o conforto e a comodidade do “já conhecido”...
É preciso deixar morrer o velho e partir ao encontro das possibilidades em aberto, sem certezas, sem garantias...

A borboleta é a lição de vida de que tudo é passageiro.

Assim também somos nós:
Uns vivem para sempre no ovo...
Outros jamais passam de lagarta...
E tem gente que vive gestando um sonho, um ideal, mas sem nada realizar...
Ainda existem aqueles que, com esforço, se libertam, ganham asas e voam leves!
Pousam aqui e ali, no colorido das flores, e só de existir fazem a vida mais bela!


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