quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Always and Forever

Olá, bicho papão.
Me diga, como vai você? Ainda assombra pequenas garotas?
Sim, eu bem me lembro. Quanto medo!
Medo? Por lembrar.
A coragem me foi roubada - enquanto pequena garota.

Talvez você goste de saber:
Toda vez que me olho no espelho, não me vejo.
Cada vez que me procuro por dentro, não me acho.

"Filha, sinto tanta saudade da sua alegria - contagiava."
Isso sangra - muito obrigada.

Está lendo isso?
Sorria!

Não me disse para fazer o último pedido - tenho o direito?
Mesmo que atrasado: deixe outras pequenas garotas.
Ou não há satisfação em ver que o que resultou é para sempre

... e sempre.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cisne Negro - Análise Crítica



Análise feita para a matéria Psicanálise II juntamente com minha imbatível dupla, Bruna.


Perfeição. Eis a palavra crucial ao se tratar do filme Cisne Negro.

A jovem bailarina Nina anseia para ser perfeita e para atingir esse objetivo é necessário que ela seja escolhida para representar o papel principal na peça “O lago dos cisnes.” Pura contradição.

Nina é o verdadeiro cisne branco. A garota – que já é mulher – vive com a mãe, que também era bailaria e deixou a dança após ter ficado grávida da filha.

Durante o filme é claro a situação de que a mãe de Nina quer que a filha seja a bailarina que ela não pode ser tornando-se assim extremamente controladora em relação à vida da garota. Nina, por sua vez, faz do sonho da mãe seu próprio sonho e dedica-se a carreira de bailaria com extremo fervor.

Nina vive da e para a dança. Como já dito, seu objetivo é ser perfeita. No entanto, toda sua dedicação acaba por prejudicar-lhe quando a chance de ser a protagonista na peça em que sempre sonhou aparece.

O problema se dá porque, para encenar o cisne negro, é preciso sensualidade, certo toque de malícia que Nina criada como uma garota que deve ser uma excelente e delicada bailarina, não possui. O modo como foi criada, a forte ligação com a mãe, a influência que sua mãe tem sobre ela, principalmente sobre a sua psique e pode-se até arriscar em dizer que sua mãe parecia ser uma parte externa da inconsciência de Nina, que freqüentemente alimentava o masoquismo e o narcisismo da filha, de forma doce até, mantendo a garota aprisionada em valores até mesmo infantis. O simbolismo desse aprisionamento é bastante explícito no filme, sua inocência, ingenuidade e até a própria infantilidade do seu quarto. A bailarina é completamente pura e inocente.

Segundo Freud (1914 – p.82), a libido afastada do mundo externo é dirigida para o ego e assim dá margem a uma atitude que pode ser denominada como narcisismo. Desse modo, podemos entender que é isso que ocorre com Nina. Seus instintos são dirigidos para a ânsia em atingir a perfeição.

No momento em que a bailarina nota que não está sendo perfeita, cai em desespero. Ela deposita seus instintos coçando seu corpo com tamanho nervosismo que passa a se machucar, a criar feridas na pele. Nas palavras de Freud (1914 – p.90): a hipocondria, da mesma forma que a doença orgânica, manifesta-se em sensações corpóreas aflitivas e penosas, tendo sobre a distribuição da libido o mesmo efeito que a doença orgânica.

É preciso que Nina desenvolva seus instintos sexuais para conseguir o papel que tanto anseia e quem acaba por lhe ajudar nisso é diretor, Thomas Leroy da companhia de ballet. Thomas estava disposto a ir fundo nas entranhas de Nina e arrancar a parte obscura e totalmente desenfreada da garota. Thomas quer Nina como a gêmea má também, como o Cisne Negro que é o oposto do Cisne Branco e principalmente o oposto de Nina, e sua primeira lição para ela é ir pra casa e conhecer-se, sentir-se, o que lhe entrega de bandeja o primeiro contato com a sexualidade, com a masturbação. O diretor quer uma bailarina de sexualidade aflorada, de agressividade competitiva, alguém que realmente passe a emoção e os sentimentos do papel, o que leva a dançarina agora a um doloroso conflito interno. Ele provoca a garota para aflorar seu lado negro e ela se sente atraída por isso, porém ao mesmo tempo transpassa resistência e sentimento de culpa quanto a isso.

Será correto fazer uma ligação sobre essa relação de Nina com o diretor da companhia juntamente com a teoria do Complexo de Édipo de Freud? Durante o filme o pai da moça não é ao menos mencionado, o que nos faz compreender que ela não obtém uma figura paterna e o diretor, um homem mais velho, lhe desperta interesse ao mesmo tempo em que se sente culpada.

Essas situações como de desejo seguido de culpa é extremamente analógica com os papéis que Nina deseja encenar, o de cisne negro e o de cisne branco. É como se ela, tendo os dois dentro de si, não tivesse ousadia o suficiente para deixar isso transcender.

Voltando a falar da relação de Nina com sua mãe, ainda de acordo com Freud:

“O amor dos pais, tão comovedor e no fundo tão infantil, nada mais é senão o narcisismo dos pais renascido, o qual, transformado em amor objetal, inequivocamente revela sua natureza anterior.” (1914 – p.98)

Frustrada por sua carreira, a mãe da bailarina quer que a menina seja tudo o que ela não foi. Controlando arduamente a vida da filha que acaba por não desenvolver uma personalidade própria. A cobrança de sua mãe é tão grande que em determinado momento do filme Nina, completamente sufocada, passa a sentir raiva disso. Rebela-se.

Mais que o trágico final dessa história, a parte de grande impacto é quando Nina enfrenta a mãe e sai com sua colega também bailarina Lilly, embebeda-se retorna para casa embriagada.

O que gera curiosidade é a cena após essa chegada, em que Nina se tranca em seu quarto com Lilly e as duas supostamente transam. Sim, supostamente, pois não fica claro se aquilo realmente aconteceu ou foi uma projeção causada pelos instintos reprimidos de Nina.

Lilly era a bailarina perfeita para interpretar o papel do cisne negro, que Nina tinha tanta dificuldade em fazê-lo. Isso gera um sentimento de inveja juntamente com admiração de Nina para com a amiga – novamente o cisne negro e o branco se mostram na personagem. É possível que esse conflito de sentimentos tenha feito com que Nina depositasse em sua concorrente toda a sua libido, mesmo que só em imaginação.

Os impulsos instituais libidinais sofrem (...) repressão patogênica se entram em conflito com as idéias culturais e éticas do individuo. Nesse fragmento de Freud (1914 – p.100) podemos compreender melhor os desejos de Nina para com Lilly.

Por fim, Nina consegue deixar com que seu lado negro aflore e faz sua tão sonhada apresentação. Vivenciar seu lado negro juntamente com seu lado branco não foi possível para a ilustre bailarina. Ela não conseguiu dominar os dois lados, seu ego não foi possível de suportar tal interpretação. Aliás, é certo dizer que o cisne negro seria o Id de Nina? Então, com sua morte, foi ele quem venceu?

O filme mostra de modo tão forte o conceito de narcisismo que nos deixa até apreensivos para falar sobre o assunto, com medo de não saber expor de maneira clara nossos pensamentos – tão simples – com os conceitos – tão complexos – de Freud.

Como dito no começo do texto, perfeição seria a palavra crucial ao se tratar dessa história. O narcisismo de Nina se faz presente em todo tempo por essa busca para ser perfeita, mesmo quando encontra a morte que então, finalmente se satisfaz tendo como últimas palavras “Eu fui perfeita!”


Referências:

ü FREUD, S. Sobre o narcisismo: uma introdução (1914). In: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S.O Ego e o Id. (1923). In: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Vol. XIX. Rio de Janeiro: Imago, 1996.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Δ

Será realmente altruísmo antônimo de egoísmo? Tenho pensado que não. Tenho acreditado que esses dois andam juntos, lado a lado, de mãos dadas.

Enquanto um faz você privar-se de coisas, atitudes, vontades não é o outro que se faz ali presente para que você consiga realizar tudo isso com a finalidade de atingir um objetivo?

Normalmente esse objetivo é referente a um sentimento. Normalmente também esse sentimento é nada a mais nada menos que o amor.

Ah, o tão falado amor...

Então a pessoa, por amar a outra, vivencia coisas como: ver seu ser amado com outra pessoa, ouvir os problemas amorosos da outra pessoa – e ainda tentar ajudá-la. Controlar-se quanto ao que sente, tentando não falar – ou então medindo muito bem as palavras – sobre seu sentimento, guardando abraços, carinhos ou qualquer outra coisa que ela saiba que vai acabar por “invadir o espaço” de quem se ama. Fazer coisas nunca antes imaginadas só para fazer – ou ao menos tentar – o ser amado feliz, mesmo que isso lhe magoe.

Tudo bem. Essas coisas podem ser vistas como maravilhosas, corajosas, humildes ou outros tantos termos empregados usualmente. No entanto, se pararmos para pensar atitudes altruístas são freqüentemente feitas para que a pessoa consiga permanecer perto de quem se ama, para não afastar-se, para não perder – e não seria isso um ato altamente egoísta? Pois é...

O altruísmo, o egoísmo e o amor. Três segmentos de reta, apontando três pontos diferentes, todavia, ocupando o mesmo espaço interno – limitado.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Não há culpa.

E já faz tempo onde te vejo todos os dias e as borboletas em meu estômago despertam. Tenho muito tempo ao lado teu e toda vez que meu olhar cai sobre ti meu coração se agita. Conversamos tanto e rimos, às vezes não sempre, mas todas as minhas palavras são tensas por dentro. Todas as letras que te escrevo desesperadamente saem devagar. O meu medo em permanecer por perto é tão grande quanto o de estar longe.
“Você acha que isso pode mudar?”
“Não. – E quem é que acha que o sentimento vai mudar quando se gosta de alguém? – Sabe, sou do tipo de pessoa orgulhosa. Eu nunca me esforcei pra permanecer por perto se não fosse o perto que eu gostaria, nunca me contentei em “ter” algo se não fosse exatamente do “meu” jeito e agora estou aqui, fazendo coisas que nunca imaginei que faria.”
Quando a gente se dói para não se doer estamos colocando nosso sentimento bem lá no fundo, diminuindo-o ou estamos tornando-o ainda mais forte ao ponto de conseguir camuflá-lo?
Esses espaços contradizem o que me mostro, eu sei. Sem fingimentos dentro desse texto tampouco fora dele, mas há aquilo que só se mostra quando se está só e então a escrita me ouve.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

02:36 AM - 24/01/2011

Vejo você dormindo, a frequência de sua respiração, o modo como você se cobre... e sei que não estou em seus sonhos. Mas nesse momento, enquanto te olho, não me importo; Agradeço por estar te vendo e por, de alguma maneira, você estar comigo.
Gosto de te ver viajando por todos os lugares, mesmo estando em apenas um... e do seu olhar profundo... e do seu sorriso tímido... e da sua fala doce... dos seus gestos...
Essa noite, não deito no travesseiro com medo de perder seu perfume - já que agora aqui está vazio sem você para me tirar qualquer pensamento de sono e desejar que o resto da vida seja uma conversa na madrugada.

domingo, 25 de setembro de 2011

Real fantasia.

Olá, meu anjo negro. Encontro-me sobre medos, os olhos fechados para enfrentar a dor, penso se minha alma ainda pode ser curada... é agora que me afasto?

Isto me parece como um campo minado, tomando todo o cuidado para não pisar em falso. Não, eu não quero que isso acabe em uma explosão. Minhas preces são para que eu não tire de você o que lhe é bom. Minhas preces são para que eu não erre o passo entre esse monte de armadilhas. Mas e minha mente? Busco a fé em esperar. Você compreende quanto sofrimento isso pode causar?

Direto do meu coração: posso continuar vivendo desse modo? Retornar parece mais sensato, no entanto, vim de uma história mais distante. Um estágio anterior seria incompleto em meu caminho, reencontrar o vazio que já não há desde que meu anjo negro me tirou da escuridão fazendo-me sentir meio vivo enfim.

Sim, anjo negro, você é minha chance. A mudança ocorreu ao te ver. Meus olhos estão abertos e há luz. Neguei, não nego. Tanto tempo, mas é meu medo. Ele ainda existe, mas mesmo tendo esse coração partido minha alma não pode partir desse dolorido doce sonho que você me apresentou.


Inspiração: My heart is broken - Evanescence

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Cuca, o Bicho-Papão e o Boi-da-Cara-Preta

Quando bem pequena, na casa também pequena, dormia no mesmo quarto de seus pais - mas não gostava. Vez ou outra (ou sempre) pegava sua coberta junto a seu inseparável travesseiro e ia dormir na sala, no escuro total.
Aos sete anos ganhou um quarto só para sí e desde o primeiro dia dormiu sem reclamações. Nunca deu trabalho aos pais, não havia monstros, fantasmas... Era pequena, mas sentia-se grande assim, independente talvez.
Passaram-se doze anos e ela está em seu quarto, ainda com o mesmo travesseiro, luz acessa, aos prantos, fazendo o possível - e o impossível - para se controlar e não haver outro ataque de nervos que preocupe toda a família. E pensando em como seria bom doze anos a menos para poder chegar ao quarto ao lado e dizer: "Mãe, tô com medo. Deita comigo?"

domingo, 24 de julho de 2011

Inércia

Let it be, let it be... No som de Beatles, entre as linhas de Caio Fernando Abreu...
... Deixa estar, garota... FAÇA-SE!
Não se desespere. Ou então, o que é que você deseja?
Olhe ao seu redor... Não é só a poeira. Tampouco as coisas fora de lugar - o que ocorre é uma desorganização profunda, na alma.
O que há com estas vestes longas, com esses tons de cinza, esse rosto sem brilho e esse cabelo... O que são todos esses fios caindo ao chão e, na boca, esse gosto de sangue ao acordar?
Passaram-se os dias e você nem viu. Se havia movimento na rua que há por trás desse muro. Se o céu estava azul, cinza ou com aquele tom alaranjado que você costumava gostar.
Tons, aromas, dores, sabores, amores... em que local eles se encontram?
Não. Não digo no céu, nas árvores, nas melodias, nas pessoas, nos livros, no fundo daquele copo... em você, por onde tem andado?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Querido diário,

quanto tempo!
Tempo tanto
e retorno.
Na mesma sentença
o mesmo sujeito
carregando o mesmo indireto verbo
diretamente na mesma oração
aposto àquilo que se opõe.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

The door




23 de Junho de 2011: Entrando ou saindo, eu estou fechando a porta - embora não esteja trancando.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Cervantes

Havia me esquecido de Miguel de Cervantes. "O conheci" quando estava no primeiro ou segundo ano do colegial e tive que ler sua famosa obra (uma adptação, pois a verdadeira obra possui mais de cem capítulos) "Dom Quixote" em espanhol para a aula de literatura.
Ando lendo bastante frases dele por esses dias, deixo algumas aqui:

"A ingratidão é filha da soberba."

"Onde há música não pode haver coisa má."

"Uma das bases da prudência é não fazer por mal o que se pode fazer por bem."

"Os raios caem sobre os montes mais elevados, e onde encontram mais resistência é onde provocam o maior dano."

"Se o poeta fosse casto nos seus costumes, os seus versos também o seriam. A pena é a língua da alma: como forem os conceitos que nela se conceberem, assim serão os seus escritos."

"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são."

"Nos perigos graves, atropela-se toda a razão."

"Cada um é como Deus o fez, e muitas vezes até pior."

"Quem perde seus bens perde muito; quem perde um amigo perde mais; mas quem perde a coragem perde tudo."

"Pois que o amor e a afeição com facilidade cegam os olhos do entendimento."

"A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água."

"Segui o vosso caminho e não deis conselhos a quem não vo-lo pede."

"O pesar e o prazer andam tão emparelhados que tanto se desnorteia o triste que desespera quanto o alegre que confia."

"Brincadeiras que causam dor não são brincadeiras."


E em tempos como esse, gostaria que "os dragões sejam moinhos de vento."

sábado, 21 de maio de 2011

"Acalma essa tormenta e se aguenta."

É desesperador esse desespero. A única espera que me resta no instante é que adiante o agora possa ter valido a pena, apesar...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Let It Be


Quase como um suicídio por etapas - o modo que achei para sobreviver. Será ir morrendo aos poucos a fórmula para continuar a viver?

Limite. Limite. Limite.
Repito para mim mesma. Para não errar. Para não voar. Para não perder. Para não me perder.

Ok. Eu quero e acho que preciso. Então devo compreender que, nada vai ser exatamente da maneira como eu desejo. E que se eu tanto quero, devo saber querer dentro do que me é possível, devo não ficar fazendo exigências - mesmo que somente em minha mente - e depois frustrar-me pelas mesmas não serem atingidas.
A gente tem uma maia doentia de, quando conseguimos algo exatamente da maneira que queremos, ao invés de nos darmos por satisfeitos ficamos almejando melhoras, queremos mais. E mais e mais e mais. Ficamos achando que não é suficiente, mas paramos pra pensar que talvez nós não sejamos o suficiente pra o que almejamos e que iremos sofrer mais se alcançarmos e não conseguirmos dar conta?

Eu quero e eu tenho. Não, não da maneira que idealizei, mas da maneira que me é disponível.
Melhor que eu saiba lidar com isso, ficar feliz por isso e cultivar. Melhorou tanto, não melhorou? E de uma maneira natural, sem o desespero de "chegar ao topo." Deixa, deixa acontecer - evoluindo ou não - as chances de perder é muito menor.

Loucura? Talvez. Pode ser. Espero que sim.
Como disse um idolatrado professor meu:
"A razão é burra porque ela insiste nas mesmas respostas."

quarta-feira, 6 de abril de 2011

“A vida é um piano. Teclas brancas representam a felicidade e as pretas a angústia. Com o passar do tempo você percebe que as teclas pretas também fazem música.”

(A última Música)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

“Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. (…) As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração.

E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. (…) Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”

- Fernando Pessoa.

domingo, 3 de abril de 2011

Mãe é mãe!


Feliz Aniversário

quarta-feira, 30 de março de 2011

"Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo."

Charles Chaplin

terça-feira, 29 de março de 2011

sábado, 26 de março de 2011

Vai&Volta

Sempre volta. Seja por um telefone, um encontro inesperado, uma notícia, alguém que me pergunte de você ou simplesmente o mesmo nome que o teu citado na mesa ao lado da minha. Mas volta.
E é incrível como o meu coração não dispara. Como as borboletas adormecidas em meu estômago não despertam. Como não sinto minha mente em total desespero, nem minhas mãos inquietas.
Um ar diferente percorre meu corpo, suspiro, solto um sorriso .... "De repente, não mais que de repente", toda lembrança, toda volta, traz consigo o que eu tanto procurei: paz.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Apesar, contudo, todavia, mas, porém.

Me cansei de lero-lero
Dá licença, mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor

Mas ninguém sai de cima, nesse chove-não-molha
Eu sei que agora eu vou é cuidar mais de mim

Como vai? Tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar, não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais

Mas enquanto estou viva e cheia de graça
Talvez ainda faça um monte de gente feliz

Composição: Rita Lee/Roberto de Carvalho


segunda-feira, 21 de março de 2011

“Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho… o de mais nada fazer.”

quarta-feira, 9 de março de 2011

‘Mas gosto, gosto das pessoas.
Não sei me comunicar com elas,
mas gosto de vê-las, de estar a seu lado, saber suas tristezas, suas esperas, suas vidas.”

segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais,
com outras fantasias.
Ela apareceu,
parecia tão sozinha.
E parecia que era minha aquela solidão.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A insensível - parte 2



Como boa insensível que sou, repito:

"Quem nasce Pateta nunca vira Mickey Mouse."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

1:57 AM

(...)
Você me trouxe uma calma assustadora. Cavou até encontrar uma fé que há muito estava escondida. Fez com que meus olhos brilhassem...
Minha fala ficou mansa, meus movimentos em ritmos menores e até que cuidadosos, meu sorriso sereno e meu coração disparado em tremenda euforia. (...)



16/02/2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Decode

How can I decide what's right,
when you're clouding up my mind?
I can't win your losing fight.
All the time.

Now can I ever own what's mine,
when you're always taking sides?
You won't take away my pride.
No, not this time...Not this time.

How did we get here,
When I used to know you so well?
But how did we get here!?
Well, I think I know.

This truth is hiding in your eyes,
And it's hanging on your tongue.
Just boiling in my blood, but you think that I can't see.
What kind of man that you are?
If you're a man at all.
Well, I'll figure this one out
On my own...
I'm screaming "I love you so"...
(But my thoughts you can't decode)

How did we get here,
when I used to know you so well?
Yeah, yeah
How did we get here!?
Well, I think I know.

Do you see what we've done?
We've gone and made such fools of ourselves.
Do you see what we've done?
We've gone and made such fools of ourselves.

How did we get here,
when I used to know you so well?
Oh, how did we get here,
when I used to know you so well?

I think I know.
I think I know.
There is something I see in you.
It might kill me, I want it to be true.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Destinário oculto

(Texto escrito em janeiro de 2010, creio eu)

Você é a única pessoa com a qual eu gostaria de estar agora e isso me deixa louca - ou não.

Já me conformei com o desejo de querer que você deixou de mim desde a primeira vez em que me tocou. Já me acostumei em ter você nos meus pensamentos na maior parte do tempo; em demorar para pegar no sono, pensando em como será que você está sem mim agora (mesmo sabendo que está a mesma coisa, talvez até melhor) e, ao acordar, demorar ainda mais para levantar-me, pois fico pensando se será esse o dia em que você retornará, seja de que maneira for. E o principal: já aceitei para mim levar esse querer, esse gostar comigo, até ele deixar de ser novidade e habitar minha alma tranquilamente.

Não vou esquecer. Não quero esquecer. Não gosto de esquecer. Só esquecemos o que, de fato, não nos teve significado algum. E você teve. Você sabe que teve.

Isso já me ocorreu antes, de maneira diferente, claro, mas já me ocorreu. Faz tempo, muito até considerando os poucos anos que tenho. Foi mágico, foi lindo. Aliás, ainda é, pois eu não esqueci. Guardo cá comigo com muito carinho, mas não saudade. Saudade a gente sente quando algo foi incompleto, ou ao menos até entendermos, aceitarmos que foi completo.

Espero, em algum momento, entender, aceitar o quão completo foi o que ocorreu entre nós. Que, usando um pouco de clichê agora, durou o tempo necessário para ser inesquecível.

Ora, mas que tolice estou falando? Se sei que, verdadeiramente, bem no fundo - ou não - sempre pensarei na nossa amizade, completamente desmoronada, por conta de nossa avassaladora aventura e que, de certa maneira, a culpa foi minha. Sempre aguardarei que, em relação a isso, a nossa amizade, a situação de agora tome caminhos diferentes.

Não há mais o que se falar, preciso ver uma maneira de terminar esse texto. O modo convencional, e também mais fácil, seria dizendo algo como "Não queria que tudo estivesse dessa maneira. Eu amo você e te espero de volta". Mas meu fim não será assim, até porque não estou encarando as coisas desse modo.

Termino dizendo que, apesar dos pesares, encontrei mais alguém que marcou em mim e que isso me faz bem.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Fantasma da Ópera

Por José Carlos Cancelli

Por que analisamos filmes e outras obras de qualquer natureza com um olhar da psicologia? Porque aquelas obras que se perpetuam trazem em seu bojo conteúdos de nossa história, assim como os contos de fadas. O musical “O Fantasma da Ópera” se inclui nesse repertório. Há mais de dez anos em cartaz em várias partes do mundo, com várias montagens para teatro e cinema, em diversos países, essa peça está em cartaz no Brasil há mais de nove meses. O que atrai tantas pessoas?

O musical retrata um período específico da vida de uma corista, membro do corpo de baile do teatro e principal protagonista, chamada Christine. Por uma série de eventos ela é levada ao posto de prima-dona.

Christine perdeu o pai aos sete anos e lembra que ele lhe dizia que “quando fosse para o céu, lhe mandaria o anjo da música.” O pai era um violinista famoso.

No teatro, cuidada pela professora que também é a responsável pelo corpo de baile, Christine é ensinada a cantar por alguém que ela não vê, só escuta. Ela supõe que seja o “anjo da música” do qual o pai falava. Ela teme e admira essa figura idealizada.

Há um novo benfeitor do teatro que é um amigo de infância de Christine. O reencontro reascende um amor infantil.

Após a estréia de Christine e seu sucesso, o Conde, seu amigo de infância, quer comemorar com ela. Christine responde que o “anjo da música é muito exigente e não permitirá”. O fantasma finalmente aparece e a leva para os subterrâneos do teatro a fim de comemorar o sucesso dela. Os versos cantados pelo fantasma dizem “o que eles vêm é você, mas o que ouvem é a mim”.

Durante todo o desenrolar da peça o que se vê é a disputa entre o Conde e o Fantasma e o conflito de Christine.

Para que possa amar outro homem, Christine precisa se libertar do “Anjo da Música”, a quem ela transferiu o papel de pai (o detentor da lei) e a quem ama, venera e teme”. Até a chegada do “cavalheiro”, amigo de infância (o Conde), Christine não questionou a autoridade e o poder do “Anjo da Música”. Quando ela acorda de seu sono adolescente (curiosamente a atriz tinha 16 anos quando fez o filme) percebe novos impulsos e desejos. Um mundo não mais fantasioso e etéreo como o do “Anjo da Música”, mas concreto e que a remete aos jogos infantis. Há um desejo renascendo em um novo patamar.

Para que Christine possa seguir esse caminho deve compreender que o “Anjo da Música” não é um anjo mandado pelo pai, não é seu pai. Ele é um homem como qualquer outro, que não detém a lei, o falos. Somente quando ela assim o perceber estará livre para amar outro homem. O primeiro momento é quando o fantasma perde a luta com o pretendente de Christine, no cemitério. Nessa hora, seu pretendente, um aspecto mais concreto do masculino, fala para Christine: “ele é só um homem…!”. O segundo momento ocorre quando ela é capaz de perdoá-lo, na cena final, na caverna.

Do início do filme - quando ela revê o amigo de infância, até o seu final, quando entrega do anel ao “fantasma”, há uma transferência gradual de poder entre as duas figuras masculinas. Aquele anjo, figura poderosa que a seduz e a quem ela deseja começa a perder seu poder quando busca concretizar sua posse. Por outro lado o aspecto “terreno” desse masculino mostra-se cada vez mais próximo dos desejos e anseios concretos de Christine. Vejo isso demonstrado na cena no terraço do teatro quando ela pede que ele a proteja e faça da vida dela um “verão” em contra ponto com a “vida de sombras” e etérea oferecida pelo fantasma.

Lacan destaca bem esse momento quando fala da transferência dofalos entre as figuras do triângulo edípico – mãe, criança, pai. São três momentos.

No início, o falos está com a mãe que é a provedora da criança. Esta necessita de seu amor e vê na mãe a lei, o falos. Seu desejo é o desejo da mãe. Podemos inferir que a personagem “Carlota” (a prima-dona oficial do teatro) age como uma mãe castradora, que não deixa a filha crescer. Quando o pai entra na relação ele demonstra um poder superior ao da mãe “tomando” o falos para si, libertando a criança de sua relação simbiótica com a mãe. O desejo da criança é então o desejo do pai. Este é o momento inicial do musical. Uma das canções diz que o público vê Christine, mas que a música é do Fantasma. Ela é um produto dele. Em um terceiro momento do Édipo Lacaniano, a criança percebe que, na verdade, até o pai está subordinado a essa lei, transferindo assim o falos para outra instância, a realidade concreta do dia-a-dia, fora do teatro, apresentada pelo Conde. Desse modo, ela se liberta para a vida.

Enfim, um fantasma assombrando o início da vida de uma mulher. Mas esse feminino ainda tem um longo caminho para ser um ser individual. Na verdade, ela está transferindo da figura do fantasma para a do Conde a sua dependência. É um ego mais real, com certeza, mas ainda não individuado.

Sob um ponto de vista arquetípico, o aspecto negativo do animus assombra seu relacionamento com os homens. É necessário enfrentar e transformar esse aspecto para que um relacionamento satisfatório possa ocorrer. De qualquer forma esse aspecto, imagino que negativo pelo fato de ela ter tido pouco relacionamento com homens (seu pai morre quanto tem sete anos) e ela não sabe como lidar com isso, mostra a ela um mundo interior e divino, muito mais amplo que a vida rotineira dos ensaios do teatro. Tanto que ela se destaca do corpo de dançarinas justamente pelo acesso que tem a esse aspecto doanimus. Mas Christine não pode viver somente uma vida interior, no santuário interno onde reza ao pai e ouve a voz do “anjo”. Para crescer como ser, ela necessita viver a realidade. Isso se dá pelo desenvolvimento de um novo aspecto do animus projetado no seu amigo de infância. Ela então tem que optar: ou fica junto ao “anjo” que lhe revelará os mistérios do mundo “divino”, ou junto ao seu amigo de infância que lhe apresentará um tipo de vida concreto, mais próximo de seu ego. Qualquer opção, nesse momento de sua vida, exclui a outra. Na primeira ela “morre” para o mundo e permanece no coletivo, no desejo do outro, dominada pelo arquétipo. Na segunda, ela faz a opção pela vida. Por trilhar um caminho de crescimento.

Essa abordagem remete ao conto “A Bela e a Fera” que contém o mesmo mitologema dos contos de fada em que a princesa está presa na torre.Somente quando a “Bela” se apaixona pela “Fera”, esse aspecto ameaçador do arquétipo se modifica. Realmente a personagem do filme está presa na “torre” e é necessário que ela compreenda a natureza de seu algoz para poder se libertar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Porque, há muito, eu erro a mão. A dose...Porque parte acelera na estrada, no momento da curva fechada. Pé direito até o fim, enquanto outra freia, bruscamente, ao ver a primeira placa. Seta torta, avisando sobre o perigo. Metade berra. Outra sussurra. Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. Outra que sobrevive sozinha.
Metade auto-suficiente. Há dias em que uso a metade que não poderia. Dias em que me arrependo de ter usado a que não gostaria. Porque elas brigam dentro de mim, as metades. Há algumas mais fortes. Outras ferozes. Há partes quase indomáveis"

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rara Calma

O tempo voou, nem percebi.
Mas sou o mesmo homem que
um dia você conheceu.
A canção não esqueci.
O menino que há em mim
nasceu para cantar.
Chora como nunca, ao sentir:
ainda estamos juntos aqui.

O espelho me diz que envelheci.
E que mal pode existir
em ter histórias pra contar
dos amigos que aqui fiz?
Quanta coisa se passou...
Ainda estamos juntos aqui.

Abro o coração.
Coloco-me aos seus pés.
Noite escura agora é manhã.
E falo com rara calma:
sou o que sou, sem ti sou fraco,
mas sempre tive você aqui perto de mim.


sábado, 29 de janeiro de 2011

03:08AM

Às vezes me pego a pensar
se chegará um ponto
em que não mais encontrar-me-ei a escrever
e então...
não imagino!



18/01/2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Roupas sujas

Se você se sente insegura quando pensa, simples: o segredo é não pensar!
Por exemplo, imagine-se numa bela manhã. E nesta manhã você se vê rodeada por uma montanha de roupas imundas. É tanta roupa suja que você mal consegue se mover. Sem o auxílio de uma máquina de lavar, você terá de lavar tudo à mão, peça a peça. E então você se sente perdida. Será que conseguirei lavar tudo? Será que todas ficarão perfumadas? Conseguirei alcançar o resultado esperado? E quanto mais você pensa, mais insegura fica. Mas o senhor tempo não quer te esperar. E então? O que você faz? Que tal começar a lavar? E começar pelas peças mais próximas? Pensar no futuro é necessário. Mas se fizer somente isso, vai acabar tropeçando nas roupas que estão logo aos seus pés, não acha? Pense no “agora”. É importante pensar no que pode ser feito aqui e agora. Se você resolver lavar com calma, uma a uma, quando finalmente parar para notar, verá que o sol já estará sorrindo pra você. Isso não impede que a insegurança tente aparecer de novo, mas se isso acontecer, é só dar uma pausa. Então aproveite e leia um livro, assista à tv. Ou convide todos para comer.



Furuba. (Considerando que conheci o texto pela Raíssa, provavelmente é algum desenho japonês, coreano, sei lá...)

Rabiscos

Refugiada por palavras
Pontos.
Vírgulas,
E espaços
Pula a linha

Vira a página
Reticências...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

She's ripping wings off of butterflies....


(...)
O seu coração dói e o meu sangra.
(...)
Borboletas não me trazem medo, me dão vida.
Enquanto muitos as caçam, eu só quero poder libertá-las.

domingo, 23 de janeiro de 2011

É que eu ainda não entendo nada e então quero tudo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

00:54 AM

Um cigarro atrás do outro. Esse jeito de soltar a fumaça, como se houvesse algo preso na garganta - um nó - conheço bem.
Somos tão iguais...


10/01/2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

'Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar.'

Chico Xavier

domingo, 9 de janeiro de 2011

Por favor, para de me dizer sobre meu sorriso. Você não faz idéia do quanto isso me faz chorar.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

02:19 AM

Havia um som me fazendo companhia, mas ele se foi.

Deve ter caído na noite com sua sinfonia para amanhecer em companhias melhores do que a de uma garota que escrever com alguma intenção que nem mesmo ela sabe qual é.
Uma garota. É isso que ela é? Ela não sabe no que se tornou...
Sua mãe diz que sente falta do seu sorriso, da sua alegria, da sua luz. Diz não lhe reconhecer mais.
Enquanto seu pai nada diz. Age de forma como se tudo tivesse certo, mas lhe olha que se disesse para não se esquecer de que ele está junto dela.
Falta! O riso. A legria. A Luz.
Falta magia.
Falta encanto.
Sobra! Medo. Inegurança... De ser feliz. De estar em paz.
Talvez seu lugar não esteja certo, mas ela não possui coragem o suficiente para mudar.
Ela nunca soube lidar com mudanças, só com esconderijos.

Vejam só, o som voltou... Até mais, vou lá aplaudi-lo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A virada! - um breve resumo.

Uma ponte. Um caminho. Um coelho. O ar livre. Uma coruja. Um novo ano?

Seria um novo rumo, o qual será possível livrar-me de sombras e ficar acompanhada somente pelos fantasmas?

Difícil dizer. A cada momento uma nova mudança. A cada mudança uma certeza diferente – e várias incertezas.

Sensação de que não se deve mudar os passos, mas de que se vai cair em um buraco.

Buraco. Coelho. O país das maravilhas.

Ah, Alice, que saudade de quando acreditava que seria como você.

Cadê o gato risonho para me orientar sobre qual caminho seguir, mesmo que eu não saiba a onde quero chegar?

A sensação de risco me puxa, me traz emoção.

Como Clarice, tudo que eu amo é arriscado, o que obviamente não presta sempre me interessou muito e você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: e daí? Eu adoro voar. Porque, a vida se me é...

E por que a coruja está intacta?



(Não, povo. Não estou usando drogas.)