sábado, 27 de março de 2010

Amor Maior


Renato Manfredini Junior - 50 anos

quinta-feira, 25 de março de 2010

Modo Aleatório.

Exatamente 02:18. Muito sono, mas não consigo dormir. Fones no ouvido... e parece ser de propósito. E é. Nada é por acaso.

"There's something I see in you. It might kill me, I want it to be true."

"Cause when I'm with him I'm thiking of you. What would you do if you were the one who was spending the night... Won't you walk through and bus in the door and take me away? No more mistakes. Cause in your eyes I'd like to stay!"

"And by protecting my heart truly I got lost in the sounds. I hear in my mind all these voices. I hear in my mind all these words. I hear in my mind all these music. An it breaks my heart."

"O que você me pede eu não posso fazer. Assim você me perde e eu perco você, como um barco perde o rumo, como uma árvore no outono perde a cor. O que você não pode eu não vou te pedir. O que você não quer eu não quero insistir. (...) Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução. Toda vez que falta luz, toda vez que algo nos falta o invisível nos salta aos olhos - um salto no escuro da piscina. O fogo ilumina muito por muito pouco tempo. E em muito pouco tempo o fogo apaga tudo e tudo um dia vira luz. E toda vez que falta luz o invisível nos salta aos olhos. (...) A noite tava fria. Tudo queimava, mas nada aquecia..."

"Vida que vai na sela dessas dores. Não sabe voltar. Me dá teu calor..."

"But I like* you anyway you want me to."

"What have we found? The same old fears. Wish you were here."

"So needles to say (...) It's no better to be save than sorry?."

"Adoro essa sua cara de sono e o timbre da sua voz..."

Bem essa? Lembro muito bem: "Me manda uma música que você gosta." - Era como um teste. Resultado surpreendente. Não só por conhecer e gostar da música, como da banda que (quase) ninguém da nossa geração conhece.

"Escute garota o vento canta uma canção dessas que a gente nunca canta sem razão. Me diga garota: será a estrada uma prisão? Eu acho que sim, você finge que não. (...) Atrás de palavras escondidas nas entrelinhas do horizonte dessa highway. Silênciosa highway. Eu vejo o horizonte tremulo. Eu tenho os olhos úmidos. Eu posso estar completamente enganado. Eu posso tá correndo pro lado errado, mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza. (...) Eu vejo as placas cortando o horizonte, elas parecem facas de dois gumes. Minha vida é tão confusa quanto a América Central, por isso não me acuse de ser irracional. Escute garota, façamos um trato: você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato. Eu posso ser um Beatle, um beatik ou um bitolado, mas eu não sou ator, eu não tô a toa do seu lado. Por isso garota, façamos um pacto: de não usar a highway pra causar impacto. 110. 120. 160. Só pra ver até quando o motor aguenta. Na boca, ao invés de um beijo, um chiclé de menta e a sombra do sorriso que eu deixei numa das curvas da highway."

Depois dessa, melhor desligar isso de vez. Até porque daqui a pouco o povo aqui levanta e me mata.

terça-feira, 23 de março de 2010

Três ligações.

Estava um pouco diferente, mas mesmo assim não deixava de ser um dia como os outros.
O aperto que estava lá, no fundo do peito, onde dava perfeitamente pra ninguém suspeitar que existira, só ela sabia.

Toca o telefone. Ela demora para atender. Se não for aquelas mocinhas-ensaiadas oferencendo alguma assinatura, seria engano.

- "Alô."
- "Que voz de sono."
(A voz. A voz que ela ouviu ontem em um vídeo e desde então o aperto já não estava mais tão no fundo do peito. Realmente, era engano.)
- "Oi." - Foi o máximo que conseguiu pronunciar.
- "E aí..."
- "E aí..." - Ela não sabia o que fazer. Seu sistema sensorial estava em total desequilíbrio com o motor.
- "Não tem o que falar."
- "É, não tem." - respirou fundo - "Não precisa."
- "Não mesmo." - Disse ele após um breve segundo.

Ficaram em silêncio. Ela podia ouvir a respiração dele do outro lado da linha. Podia sentir que ele estava tal como ela.

- "Tenho que fazer uma coisa aqui." - Ele estava trabalhando. - "Já te ligo de novo."
- "Tudo bem."

O silêncio. Novamente. Dessa vez quebrado rápido peso riso de ambas as partes.

- "Beijo."
- "Beijo."

Não demorou para ele ligar novamente, mas teve que desligar de novo.
E mais uma vez ele ligou. (Ela já estava se sentindo uma idiota por estar como tantas outras que ela considerava idiota; com o telefone na mão, mas esperando dar ao menos três toques pra atender.) Dessa vez conversaram mais. Sobre a faculdade, sobre suas mães. Mas as entrelinhas falavam muito mais. O silêncio que permanecia a cada fim de assunto explicava tudo.
Três meses e então vão se encontrar novamente...



1 Odeio o modo como fala comigo e como corta o cabelo.
2 Odeio como dirige o meu carro.
3 E odeio seu desmazelo.
4 Odeio suas enormes botas de combate e como consegue ler minha mente.
5 Eu odeio tanto isso em você, que até me sinto doente.
6 Eu odeio como está sempre certo.
7 E odeio quando você mente.
8 Eu odeio quando me faz rir muito, e mas quando me faz chorar.
9 Eu odeio quando não está por perto, e o fato de não me ligar.
10 Mas eu odeio principalmente, não conseguir te odiar. Nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar.
(Do filme "Dez coisas que eu odeio em você.")

sábado, 20 de março de 2010

"Aos poucos a gente vai mudando o foco.
(...) Você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes. Nem pensa. Vai indo junto com as coisas."

Caio Fernando Abreu


Papai do Céu, peço que, quando eu beber não consiga lembrar também das senhas do MSN/Orkut. Amém.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Como é que se chora por dentro? (Parte II)

Quando pessoas queridas e que costumam te deixar bem estão ao seu lado, mas isso não parece o suficiente? Quando o vazio predomina, a carência; quando o tempo todo se quer um abraço te envolvendo e um ombro pra derramar suas lágrimas .

Quando não há isso...

Como é que se chora por dentro?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Como é que se chora por dentro?

Que valor eu tenho no meu texto? Que valor eu tenho na minha fala? Que valor eu tenho nos meus pensamentos? Que valor eu tenho no meu ser?

Vontade de sair, de correr, de fugir. Quero o silêncio, pouca luz e o vento forte esvoaçando meus cabelos.

E dane-se os nós. Dane-se que minha franja forme aquele topete estilo anos 70. Dane-se que as lágrimas borrem a maquiagem, ao menos assim fico de cara lavada, limpa; enquanto a alma...

Como é que se chora por dentro?

terça-feira, 16 de março de 2010

Luiz Otávio

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
Levará
Você de mim

Eu sei e você sabe
A distância não existe
E todo grande amor
Só é bem grande
Se for triste

Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Pois todos os caminhos
Me encaminham
Pra você

Assim
Como o oceano
Só é belo com o luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim,como viver
Sem ter amor
Não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo
Sem você