sexta-feira, 10 de julho de 2009

Esgotamento

Nunca me importei em ouvir os problemas das pessoas, choros, lamentações, o que for. Nem sempre consigo dar algum conselho que resolva a situação, que deixe tudo num mar de rosas, mas eu ouço, eu me preocupo e nem peço em troca que façam o mesmo por mim, não peço nada, mas espero o mínimo de consideração.

Ontem estava conversando com uma amiga e lembrei-me que quando criança eu não gostava do Peter Pan, não conseguia nem mesmo assistir ao filme, pois não entrava na minha cabeça que aquele menino não queria ser adulto - eu sempre quis e sempre agi como tal. Não faz muito tempo, estávamos conversando eu, minha mãe e a Tia Silvia (que é amiga da minha mãe há anos e me viu crescer) e então minha mãe falou algo como "qaundo a Amanda era criança" aí a Tia Silvia virou "a Amanda, criança? Desde quando que eu não lembro disso?" e na hora eu fiquei super feliz em ouvir aquilo, mas se ouvisse nesse momento não sei se ficaria.

A verdade é que embora eu me porte como tal há muito tempo, goste mais de ficar entre pessoas mais velhas, eu não sou adulta. Sou só uma pirralha beirando os dezoito anos. Só! Posso ser vista por aí como alguém que ouve tudo, ouve todos, que tem um temperamento forte, é sansata, é madura, é forte, é guerreira e outros adjetivos mais que às vezes ouço e, sem modéstia, não discordo, mas não é só isso que tem aqui dentro. Há momentos, como esse, que a "rocha" se encontra fechada no quarto chorando como um bebê rescém nascido, momentos esses em que quem sempre tem tantos para ouvir está sozinha para falar.

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