sábado, 3 de dezembro de 2011

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Será realmente altruísmo antônimo de egoísmo? Tenho pensado que não. Tenho acreditado que esses dois andam juntos, lado a lado, de mãos dadas.

Enquanto um faz você privar-se de coisas, atitudes, vontades não é o outro que se faz ali presente para que você consiga realizar tudo isso com a finalidade de atingir um objetivo?

Normalmente esse objetivo é referente a um sentimento. Normalmente também esse sentimento é nada a mais nada menos que o amor.

Ah, o tão falado amor...

Então a pessoa, por amar a outra, vivencia coisas como: ver seu ser amado com outra pessoa, ouvir os problemas amorosos da outra pessoa – e ainda tentar ajudá-la. Controlar-se quanto ao que sente, tentando não falar – ou então medindo muito bem as palavras – sobre seu sentimento, guardando abraços, carinhos ou qualquer outra coisa que ela saiba que vai acabar por “invadir o espaço” de quem se ama. Fazer coisas nunca antes imaginadas só para fazer – ou ao menos tentar – o ser amado feliz, mesmo que isso lhe magoe.

Tudo bem. Essas coisas podem ser vistas como maravilhosas, corajosas, humildes ou outros tantos termos empregados usualmente. No entanto, se pararmos para pensar atitudes altruístas são freqüentemente feitas para que a pessoa consiga permanecer perto de quem se ama, para não afastar-se, para não perder – e não seria isso um ato altamente egoísta? Pois é...

O altruísmo, o egoísmo e o amor. Três segmentos de reta, apontando três pontos diferentes, todavia, ocupando o mesmo espaço interno – limitado.

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