Aos sete anos ganhou um quarto só para sí e desde o primeiro dia dormiu sem reclamações. Nunca deu trabalho aos pais, não havia monstros, fantasmas... Era pequena, mas sentia-se grande assim, independente talvez.
Passaram-se doze anos e ela está em seu quarto, ainda com o mesmo travesseiro, luz acessa, aos prantos, fazendo o possível - e o impossível - para se controlar e não haver outro ataque de nervos que preocupe toda a família. E pensando em como seria bom doze anos a menos para poder chegar ao quarto ao lado e dizer: "Mãe, tô com medo. Deita comigo?"
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