terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sem intenção de agradar.

Gostaria muito de entender o que leva pessoas a fazer das tripas coração pra te tirar do sério. E mais, entender o que elas ganham com isso. E não adianta falar que não é intencional, que não tá bem, ou qualquer outra coisa do gênero. Não tenho mais paciência pra essas coisas! E antes de virem com o "mas você não quer ser psicóloga" eu já falo: quero sim, quero muito; ser psicóloga, não santa, curandeira ou o que quer que seja que faça milagres; até porque, se eu tivesse todo esse poder, antes de qualquer coisa, daria uma melhorada em certos quesitos da minha vida.

Tô cansada disso!

Acabei de me lembrar do techo de uma música dos Titãs "Problema todo mundo tem. Quem não tem problema não é ninguém" e é isso aí problemas e dificuldades faz parte da vida. Ficar triste, frustrado é normal, depois de um tempo ameniza, supera. Agora, viver choramingando pelos cantos, se lamentando até para pessoas que nem conhecidas são, criando situações para os outros sintam piedade... não, isso não é normal. Pra mim não é! Isso não é ser uma pessoa transparente... é se expor.

Tenho horror de ficar expondo minha vida aos quatro cantos, tenho mais horror ainda que sintam pena de mim. Sempre tive. "Coitadinha, tão pequenininha e já tendo que usar óculos.", "Tadinha dela, desde pequena teve que passar por tanta coisa", "Olha aquela menininha, por que será que ela tá de chapéu?"... ARGH! Situações assim sempre me tiraram do sério. Passei, passo por muita coisa, não importa desde quando. Importa que eu tô aqui; que idependente de qualquer coisa, aprendi a ler mais rápido até que outras crianças que não tinham que usar aqueles fundos de garrafa horríveis ou até mesmo aqueles tampões abomináveis, sempre sentei lá na frente, mas nunca tive problemas de aprendizagem, pelo contrário; importa que eu tô indo pra faculdade, que tenho meus amigos, minha família, como qualquer outra pessoa. Isso que importa!

Não consigo me conformar com o fato de existir quem pegue dificuldades, desilusões, limitações e vista o fardo de pessoa-sofredora. Assim como também não me conformo com quem faça o papel de pessoa-mais-feliz-do-mundo, como se fosse inabalável com qualquer coisa que possa lhe acontecer.

Não suporto representações!

Falo alto, tenho risada escandalosa, gesticulo pra caramba, falo o que tenho pra falar, tenho pavil curtíssimo, choro fácil, me sensibilizo mais fácil ainda, mas com atitudes, fatos e pessoas verdadeiras. Não por máscaras e situações forçadas.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Já deu minha hora...

Hoje eu quero sair só
Se você quer me seguir
Não é seguro
Você não quer me trancar
Num quarto escuro
Às vezes parece até
Que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só...

Você não vai me acertar
À queima-roupa
Vem cá, me deixa fugir
Me beija a bôca
Às vezes parece até
Que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só...

Não demora eu tô de volta
(Tchau!)
Vai ver se eu tô lá na esquina
Devo estar!
(Tchau!)
Já deu minha hora
E eu não posso ficar
(Tchau!)
A lua me chama
Eu tenho que ir prá rua
(Tchau!)
A lua me chama
Eu tenho que ir prá rua...
Lenine

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Deusa Bastet

Durante grande parte da história egípcia, animais vivos associados a deuses foram criados nos templos, onde viviam com mimado luxo. Um crocodilo que representava o deus do Sol, da Terra e da Água descansava no tanque do templo Crocodilópolis. O íbis de Thot era guardado em Hermópolis. Uma gata que representava uma Deusa da alegria e do amor vivia preguiçosamente num templo em Bast. E, quando estes animais morriam eram mumificados; como seres humanos.

O culto dos animais e da natureza é comum às sociedades primitivas, nas quais o homem é dominado pelo mundo que o cerca e existe graças a ele. Mas, a medida que este homem adquire mais experiência e aprende a enfrentar a natureza, o respeito pelos mistérios naturais diminui ao mesmo tempo que aumenta a valorização das qualidades humanas. Neste momento, seus deuses passam por um processo de transição de conceitos zoomórficos para antropomórficos, abandonando a forma animal para assumir a forma humana.Foi exatamente o que ocorreu com os egípcios. Algum tempo antes do advento da Primeira Dinastia, o antromorfismo, concepção dos deuses sob forma humana, apareceu na religião egípcia .

Mas a tradição não morre com facilidade e os velhos conceitos religiosos não são substituídos da noite para o dia. Os egípcios incorporaram o antropomorfismo pouco a pouco, fundindo as três idéias da natureza, do animal e do homem. Uma das primeiras divindades que experimentaram esta fusão foi Sekhmet com sua cabeça de leoa.

No Templo de Luxor, cães e gatos viviam em paz. Mas os egípcios não olhavam para eles com olhar indiferente ou compassivo. "Estes seres", diziam eles, "são receptáculos da alma. Não têm necessidade de conhecer os espíritos porque eles são os espíritos."

Bastet é a Deusa gata de Bubastis (cidade do Delta do Nilo), era guardiã das casas, feroz defensora de seus filhos, representando o amor maternal. É também a Deusa de música e da dança, protetora de todos os gatos, mas inimiga das serpentes. Filha do Sol, encarna o aspecto pacífico da deusa Sekhmet.

Os egípcios parecem ter tido dificuldades para dissociar estas duas divindades e dizem que Bastet e Sekhmet são uma única pessoa com personalidades e características diferentes.A primeira é amável e sossegada, enquanto que a segunda é guerreira implacável. Quando Bastet se enfurecia transformava-se na terrível Sekhmet uma leoa que punha pela garganta. Passada da cólera metamorfoseava-se novamente em gata, reassumindo sua docilidade.

Pelo seu aspecto colérico é associada a Sekhmet e, em virtude dessa identificação com a esposa de Ptah e mãe artificial de Nefertum (o filho de Ptak e Sekhemet). Mahés, o deus da cabeça de leão, era também visto como seu filho. Em outra assimilação, é aproximada de Mut (Mut-Bastet), chegando a ser chamada de Senhora de título de Mut.

Em sua forma primitiva era representada como uma mulher com cabeça de leoa, que levava em uma das mãos a cruz ankl, símbolo da vida e na outra, um cetro. Mais tarde, adota a iconografia de uma gata. Esta gata aparece então, majestosamente erguida sobre suas patas traseiras e adornada com jóias (brinco na orelha), ou como uma mulher com cabeça de gata.

Quando se apresenta na forma de gata, essa Deusa está ainda, conectada com a Lua.Quando representada na forma de leoa é associada à luz solar. Bastet também é conhecida como a "Senhora do Leste", enquanto que Sehkmet é a "Senhora do Oeste". Bastet é esposa e irmã do deus Sol e a alma da Isis. Bastet era sempre representada com uma ninhada de gatinhos a seus pés para simbolizar a fertilidade.

O gato, tão amado pelos egípcios, não era apenas um felino ardiloso e inteligente. É também a encarnação de Rá, de Hathor e de Bastet.O templo de Bastet mantinha gatos sagrados que eram embalsamados em grande cerimônia quando morriam.Todo aquele que matasse um gato no Egito recebia sentença de morte. Gatos pretos eram especialmente sagrados a Bastet, por isso é muito tê-los em casa. O símbolo do gato preto era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua capacidade de cura.

Pensava-se que os sacerdotes de Bastet tivessem criado o gato doméstico a partir do "cerval", felídeo africano conhecido no sul do Saara.

O sistro e o espelho de Hathor eram decorados com gatos. Este animal representava a lua (Pasht). O nome egípcio para o gato era "Mau". O gato foi domesticado logo no início e era muito valorizado por ser matador de cobras.

O gato está claramente associado à Grande Deusa e, portanto, ao ciclo Fecundidade-Fertilidade-Sexualidade-Água-Lua. Segundo Robert Graves, não é muito difícil imaginar porque os gatos são considerados particularmente sagrados em relação à deusa-Lua:"Os olhos dos gatos brilham à noite, eles se alimentam de camundongos (símbolos de epidemia); copulam abertamente e se deslocam sem ruído; são prolíficos, mas podem devorar seus próprios filhos; suas cores variam, como as da Lua, do branco ao vermelho e ao preto.

Bast é a mãe de todos os felinos identificada pelos gregos, com Ártemis ou Diana, também chamadas de mãe dos felinos.

(...)No Império Novo, patenteia ainda a sua vertente de Deusa leonina da guerra, para conhecer, no período líbico, a sua fase de apogeu como divindade nacional, quando Bubastis, passou de capital do 18º sepat do Alto Egito a capital do Egito, durante as XXII e XIII dinastias.

Chechonk I (924-889 a,C,) e vários outros representantes da XXII dinastia (líbica ou bubástica) auto-qualificaram-se de;filhos de Bastet refeletindo a antroponímia do Egito líbio e sua crescente popularidade.

A Deusa Bastet acabou convertida em objeto de caça as bruxas na Idade Média devida a sua associação com as mulheres e com a Lua. É possível que o nexo de Bastet com os gatos fizera com que estes fossem perseguidos juntamente com as mulheres acusadas de bruxaria.



Fonte: http://www.rosanevolpatto.trd.br/

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Hoje de manhã eu acordei e fiquei olhando para tudo catatônica, um misto de susto com deslumbramento. Me dei conta de que essa é a pior e a melhor fase da minha vida. Eu nunca andei tão triste e nem tão feliz. Foi difícil enterrar tantos mortos e tantas rotinas, mas está sendo muito fácil viver dentro de mim."
-
Tati Bernardi
NIENTE È PER CASO!

domingo, 3 de janeiro de 2010

L'AVENTURA


Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos ?

Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro

Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs

Não precisa vir
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas

Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto

Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero

E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber

Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor

E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar

Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade

Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
Renato Russo

sábado, 2 de janeiro de 2010

A virada!

Em um dos últimos post escrito por mim falei do quanto não gosto de fim de ano, mas foquei mais no Natal, que eu não estava nada animada e no fim acabei gostando bastante; passei com pessoas que conheci no final de 2008 e ao longo de 2009 tornaram-se parte da minha família e por conta deles, entre outras coisas, 2009 foi um ano muito bom!
Então, nada mais digno do que passar a virada com eles, junto a mais alguém pra lá de especial. Há alguns anos, quando chegado 00h e os fogos estourando e caindo em brilhos do céu, todos se abraçando, o que eu fazia era me segurar até poder me esconder de todos pra cair no choro, sei lá por que, mas Ano Novo pra mim era sinônimo de angústia e me deixava totalmente melancólica. Mas esse foi diferente!
Dada 00h, um braço mais-que-amigo me envolveu e lá ficou, em silêncio, durante muitos minutos enquanto todos os fogos iluminavam o céu fazendo-me, depois de muito tempo, sentir-me de volta aos 7/8 anos de idade em que eu assistia a queima de fogos como se fosse a coisa mais empolgante do mundo. Depois recebi o abraço do meu pai, da minha mãe, minha irmã, da minha segunda mãe, segundo pai, irmã, irmão, vó, vô e pude notar tamanha conquista que tive em 2009... naquele momento não havia angústia, melancolia nenhuma, se alguma lágrima tivesse rolado, seria de mais pura felicidade!
Um dos mitos em relação ao Reveillon é que a maneira como você começa o ano condiz com o modo como ele será; esse pode ser verdadeiro.
Que 2010 venha... cheio de risos, alegria, sinceridade, amor, maravilhosas companhias. Venha com muitos momentos especiais; conversas na beira da piscina, podendo contemplar vários crepúsculos, com uma linda lua cheia se escondendo entre as nuvens em um canto e o sol nascendo brilhantemente em outro...